Quando se trata da reabilitação de lesões — especialmente em atletas — a nutrição muitas vezes é negligenciada. No entanto, uma abordagem nutricional pode representar
Reabilitação de Lesões Músculo-Esqueléticas

Quando se trata da reabilitação de lesões — especialmente em atletas — a nutrição muitas vezes é negligenciada. No entanto, uma abordagem nutricional pode representar uma estratégia de baixo custo e alto impacto, atuando como complemento ao padrão de cuidado tradicional.
O objetivo deste post é oferecer um guia prático e baseado em evidências para atletas com lesões musculoesqueléticas — tratadas tanto cirurgicamente quanto de forma conservadora — abordando aspectos relacionados à cura e à reabilitação de estruturas como músculos, ossos, articulações, tendões e ligamentos.
Lesões são comuns e esperadas na prática esportiva. Independentemente de sua gravidade, elas frequentemente levam à interrupção das atividades físicas por períodos curtos ou prolongados. Nesse contexto, intervenções nutricionais podem acelerar o processo de recuperação e promover uma cicatrização mais eficiente, sendo essenciais em todas as fases do processo de cura.
A resposta fisiológica a feridas e à imobilização pode ser otimizada por meio do ajuste na composição de macronutrientes, da adequação do consumo calórico, do timing da ingestão de nutrientes e, quando apropriado, do uso de suplementos alimentares específicos.
Após uma lesão, ocorre uma cascata de respostas inflamatórias, imunológicas e metabólicas, que levam o organismo a um estado hipermetabólico. Para sustentar esse estado e viabilizar a cicatrização, é fundamental garantir o fornecimento adequado de macro e micronutrientes.
Frequentemente, a lesão resulta em imobilização ou desuso do membro afetado. Nessas condições, a perda de tecido muscular pode começar em apenas 36 horas de inatividade, com alterações globais na expressão gênica em 48 horas e perda significativa de massa muscular em até 5 dias.
O objetivo primário da nutrição na reabilitação é fornecer calorias e proteínas em quantidade suficiente para apoiar a cicatrização e prevenir a perda de massa magra. Outros objetivos incluem:
- modular as respostas inflamatórias e imunológicas,
- controlar os níveis de glicose no sangue, e
- oferecer nutrientes essenciais para otimizar a recuperação.
Durante a fase de reabilitação, o corpo entra em resposta ao estresse, o que eleva a demanda energética geral. Isso leva a uma resposta catabólica líquida, com aumento da utilização de aminoácidos e proteínas para a cicatrização e, paralelamente, redução da massa magra.
Assim, ao cuidar de um paciente em processo de recuperação, é crucial avaliar cuidadosamente as necessidades calóricas, proteicas e de micronutrientes para garantir um suporte nutricional adequado à sua reabilitação.
PADRÃO ALIMENTAR
Começando pelos hábitos gerais de alimentação, as recomendações para atletas lesionados incluem a ingestão de antioxidantes e micronutrientes por meio de uma dieta variada e balanceada, rica em proteínas, fibras, frutas, vegetais, grãos integrais, castanhas o que pode auxiliar na manutenção do estado antioxidante. Aliado a isso, propõe-se baixa ingestão de industrializados, álcool, gorduras saturadas e açúcares.
O básico é que deve-se manter o equilíbrio inflamatório no organismo e manter a função dos tecidos. Por exemplo, um intestino com desequilíbrio de microbiota e alteração do fluxo pode implicar em piora do estado inflamatório e desregulação do sistema imune, o que pode levar a um período de recuperação muscular.
Portanto, o primeiro passo é manter uma alimentação saudável, no geral.
NECESSIDADES CALÓRICAS
O entendimento das recomendações básicas de energia pode fornecer subsídios importantes para determinar as necessidades específicas de um atleta, tanto antes quanto após uma lesão. Independentemente do tratamento adotado — cirúrgico ou conservador —, a taxa metabólica basal (TMB) tende a aumentar como resposta à intensificação da renovação celular durante o processo de recuperação.
A identificação precisa das necessidades calóricas deve ser realizada por meio de calorimetria indireta ou, quando indisponível, estimada a partir de equações preditivas que considerem a energia necessária para manutenção da homeostase metabólica.
Em casos de pacientes já em acompanhamento nutricional, essa predição se torna mais precisa, uma vez que o profissional já dispõe de informações sobre o perfil metabólico e a resposta prévia às intervenções dietéticas do atleta.
Manter o equilíbrio calórico e atender às crescentes demandas energéticas após uma lesão é essencial. Como a atividade física geralmente é reduzida após uma cirurgia ou lesão, muitos atletas tendem a diminuir a ingestão calórica com o intuito de evitar o ganho de peso e gordura corporal. No entanto, um balanço energético negativo pode agravar a situação, retardando a cicatrização e acelerando a perda de massa muscular. Essa perda pode levar à redução da força funcional e ao prolongamento do tempo de retorno ao esporte, o que pode comprometer significativamente a carreira esportiva do indivíduo.
Além disso, o impacto da lesão sobre o gasto energético deve ser considerado. Lesões mais extensas e procedimentos cirúrgicos geralmente aumentam substancialmente a demanda metabólica.
Embora a preocupação com o acúmulo de gordura seja válida, é possível controlar as alterações na composição corporal por meio de ajustes na composição de macronutrientes. Ao aumentar proporcionalmente a ingestão de proteínas de qualidade, aliada a carboidratos complexos, o paciente pode minimizar o ganho de gordura e, ao mesmo tempo, suprir as necessidades nutricionais da recuperação.
PROTEÍNAS
Após uma lesão, a demanda por aminoácidos aumenta significativamente, sendo essencial para a cicatrização de feridas, reparo de incisões cirúrgicas, integração de enxertos e outras demandas metabólicas associadas ao trauma. Sem um suporte nutricional adequado, esse aumento na demanda é suprido pelo catabolismo do músculo esquelético.
A perda de massa muscular esquelética pode ser acentuada dependendo da gravidade da lesão, do grau de imobilização e do tempo entre a lesão e a cirurgia. A redução da massa magra é considerada um fator de risco independente para aumento do tempo de internação hospitalar, enquanto a desnutrição proteica compromete a cicatrização e eleva o risco de infecções pós-cirúrgicas.
O estresse fisiológico induzido por uma lesão eleva ainda mais as necessidades proteicas, de forma proporcional à gravidade do quadro. Para indivíduos fisicamente ativos, recomenda-se uma ingestão entre 1,4 e 2,0 g/kg/dia de proteína para manter o equilíbrio nitrogenado. Durante a fase de recuperação e imobilização, a degradação proteica muscular se intensifica, tornando necessário aumentar a ingestão proteica para sustentar um balanço proteico positivo.
As metas nutricionais devem acompanhar os objetivos anabólicos, uma vez que a elevação dos hormônios catabólicos exige ajuste na ingestão proteica para que se alcance um balanço proteico líquido positivo. Por isso, durante a reabilitação, recomenda-se uma ingestão mínima de 1,6 g/kg/dia, podendo atingir entre 2,0 e 3,0 g/kg/dia, com ênfase em proteínas de alta qualidade. Fontes como frango, carne bovina, leite, peixe e whey protein podem contribuir significativamente para uma recuperação mais eficiente.
A orientação prática inclui o consumo de 20 a 40 g de proteína por refeição, distribuídas ao longo do dia a cada 3 a 4 horas. Momentos estratégicos para o consumo incluem: quebra do jejum, pré e pós atividade de reabilitação e antes de dormir.
CARBOIDRATOS
Os carboidratos são uma fonte energética essencial durante o período de reabilitação. Seu papel vai além da energia imediata, contribuindo também para processos imunológicos, hormonais e enzimáticos. Em estados catabólicos, os carboidratos exercem um efeito poupador de proteínas, reduzindo a degradação muscular de forma mais eficaz do que dietas ricas em gordura.
Durante a recuperação, recomenda-se a ingestão de aproximadamente 3 a 5 g/kg/dia ou cerca de 55% do total calórico diário sob a forma de carboidratos complexos — como grãos integrais, frutas, vegetais e laticínios. As necessidades aumentam conforme a atividade física é retomada.
O consumo total de carboidratos não deve ultrapassar 60% das calorias diárias, uma vez que valores mais elevados podem induzir hiperglicemia, com impacto negativo sobre a cicatrização e a função imune.
É importante limitar o consumo de carboidratos simples, especialmente açúcares refinados e processados. Já os carboidratos complexos promovem uma liberação sustentada de glicose, além de fornecerem vitaminas, minerais e fibras — nutrientes fundamentais durante o processo de reabilitação.
GORDURAS
Uma nutrição adequada em lipídios, especialmente de gorduras essenciais, é fundamental no pós-lesão, pois ajuda a atenuar a resposta inflamatória prolongada. Além disso, as gorduras são uma fonte energética crítica para processos como a cicatrização de tecidos e a proliferação celular.
Os ácidos graxos poli-insaturados e monoinsaturados são utilizados na síntese de membranas celulares, enquanto os ácidos graxos saturados tendem a ser metabolizados prioritariamente como fonte de energia — algo menos necessário em contextos de menor atividade física.
Durante a reabilitação, a recomendação é adotar uma dieta com elevado teor de ácidos graxos monoinsaturados e ômega-3 (W-3), visando otimizar a recuperação. Aproximadamente 20% a 25% do total calórico diário deve vir das gorduras, o que corresponde a cerca de 0,8 a 2 g/kg/dia, ajustando-se conforme o apetite e a fome individual.
SUPLEMENTOS
Diversos suplementos alimentares têm demonstrado potencial para auxiliar na recuperação e regeneração tecidual, além de mitigar a perda muscular quando consumidos após cirurgias ou durante períodos de imobilização.
CREATINA
Embora os resultados ainda não sejam totalmente consistentes, o consumo de creatina durante a imobilização tem mostrado efeitos positivos sobre o tamanho e a força muscular. Trata-se de uma das substâncias ergogênicas mais amplamente utilizadas. No caso de atletas, muitas vezes não há necessidade de uma fase de saturação, sendo suficiente a manutenção das doses para garantir níveis adequados de creatina intramuscular. A melhora da função muscular pode facilitar a execução dos exercícios de reabilitação. Além disso, é importante considerar que, após a recuperação, o atleta poderá se beneficiar do potencial ergogênico da creatina no retorno às atividades esportivas.
ÔMEGA-3
Os ácidos graxos ômega-3 (w-3) são amplamente reconhecidos por suas propriedades anti-inflamatórias, documentadas em diversas doenças inflamatórias crônicas. No entanto, durante a fase aguda de uma lesão ou cirurgia, a inflamação exerce papel essencial na cicatrização. Por isso, o uso de doses elevadas de ômega-3 logo após o trauma pode não ser necessário. Ainda assim, quando a inflamação é excessiva ou prolongada, a suplementação com ômega-3 pode ser uma estratégia benéfica.
HMB (β-hidróxi-β-metilbutirato)
O β-hidróxi-β-metilbutirato (HMB), metabólito da leucina (um aminoácido essencial), pode ter um papel importante na prevenção da degradação muscular e na promoção da síntese proteica, especialmente em situações de estresse fisiológico, como lesões ou cirurgias. Especificamente, o HMB modula enzimas envolvidas na degradação muscular e, durante a imobilização, pode ativar a via mTOR, estimulando a síntese proteica e promovendo o reparo do tecido muscular e tendinoso, além de mitigar a perda miofibrilar.
O HMB tende a ser mais eficaz na prevenção da atrofia muscular quando associado a estímulos de treino insuficientes ou em contextos catabólicos inflamatórios. Assim, sua suplementação torna-se particularmente útil em casos de repouso, pós-cirúrgico ou em lesões musculares. A dose de 3 g/dia, dividida em duas administrações de 1,5 g, mostrou os melhores resultados para preservação da massa muscular.
VITAMINAS E MINERAIS
Vitaminas e minerais estão entre os suplementos mais consumidos, sendo considerados essenciais por seu papel na fisiologia normal do organismo. Deficiências de micronutrientes podem ser especialmente prejudiciais durante períodos de alto estresse fisiológico, como a recuperação de lesões e cirurgias, demandando maior atenção à ingestão adequada desses nutrientes.
As vitaminas A, C e E, em especial, desempenham funções fundamentais na imunonutrição, recuperação tecidual e cicatrização. A vitamina A tem mostrado efeitos positivos na cicatrização mesmo na ausência de deficiência clínica. A suplementação de vitamina C tem se mostrado benéfica em indivíduos com estresse fisiológico elevado ou lesões graves, especialmente na recuperação de fibras de colágeno em lesões ligamentares, tendinosas e articulares. Já a vitamina E demonstrou potencial na redução do estresse oxidativo e no tempo de cicatrização.
A deficiência de vitamina D também pode comprometer a regeneração e hipertrofia muscular, além de afetar negativamente a síntese de colágeno, especialmente em tecidos tendinosos. Portanto, a manutenção de níveis adequados de vitamina D é crucial nesse contexto.
OUTROS SUPLEMENTOS
O uso de suplementos orais no tratamento de lesões é uma abordagem relativamente recente. A escassez de ensaios clínicos controlados sobre nutracêuticos dificulta uma avaliação conclusiva de muitas substâncias. Além disso, é comum que estudos combinem múltiplos compostos ou associem suplementação a terapias físicas, o que complica a análise isolada de cada suplemento. Ainda assim, algumas substâncias apresentam resultados promissores.
COLÁGENO
Há evidências indicando que a ingestão de colágeno hidrolisado ou peptídeos bioativos de colágeno, especialmente em combinação com vitamina C, pode beneficiar a recuperação de lesões articulares e tendinosas — tecidos ricos em colágeno tipo I. O pesquisador Keith Baar recomenda a suplementação de colágeno + vitamina C em casos de lesões tendinosas (referência).
De forma geral, os peptídeos de colágeno — mais eficazes que o colágeno hidrolisado comum — associados a exercícios de reabilitação, podem acelerar o processo de recuperação por estimular a síntese de colágeno nas articulações.
O colágeno tipo II, por sua vez, é mais indicado para condições como artrite e artrose. Esse tipo não passa por metabolização completa e atua na redução da inflamação do tecido cartilaginoso.
CURCUMINA
A curcumina é o principal composto bioativo da planta Curcuma longa, também conhecida como açafrão. É essencial destacar que o consumo do pó de açafrão disponível em mercados não confere os mesmos benefícios, pois apenas o extrato padronizado, com percentual definido de curcumina, apresenta eficácia comprovada.
A curcumina possui ação anti-inflamatória significativa, sendo estudada para o tratamento de tendinopatias, desgastes articulares e lesões musculares, contextos nos quais há aumento de citocinas inflamatórias. Essa eficácia é corroborada pelo uso frequente de anti-inflamatórios farmacológicos no tratamento dessas condições.
BOSWELLIA SERRATA
A Boswellia serrata é uma planta com propriedades anti-inflamatórias semelhantes às da curcumina. Estudos demonstram sua eficácia no tratamento de condições inflamatórias como artrite reumatoide, asma, bronquite crônica e doenças inflamatórias intestinais. Seu extrato também tem se mostrado promissor na melhora da dor e da função física, sendo útil especialmente em lesões articulares e tendíneas, como a tendinite. A associação de boswellia com curcumina é considerada segura e potencialmente eficaz, conforme demonstrado em alguns estudos clínicos.
CONDROITINA E GLUCOSAMINA
Glucosamina e sulfato de condroitina são comumente utilizados para preservar a integridade do tecido conjuntivo. Embora estudos in vitro e in vivo sugiram efeitos positivos em tendões, a evidência clínica em humanos ainda é limitada. Sua eficácia é considerada baixa e relativa, especialmente quando comparada a outras substâncias com melhor suporte científico, como colágeno tipo II, boswellia e curcumina para lesões articulares, e peptídeos de colágeno para lesões tendíneas.
MSM (METILSULFONILMETANO)
O MSM é composto por 34% de enxofre, mineral encontrado naturalmente em alimentos como leite, vegetais e frutas, e presente em altas concentrações em tecidos como pele, cabelo, unhas e cartilagens. Estudos indicam que o MSM pode ser uma fonte eficaz de enxofre para esses tecidos, com propriedades anti-inflamatórias e condrogênicas.
Modelos animais demonstraram que o MSM reduz os sinais de artrite, e estudos clínicos mostraram alívio da dor e melhora da função articular em pacientes com osteoartrite. Além disso, o MSM tem sido estudado em outras condições inflamatórias, como cistite intersticial, rinite alérgica sazonal e inflamação sistêmica induzida por exercício. Também é sugerido como benéfico para a saúde da pele, devido à sua contribuição estrutural no tecido dérmico.
Conclusão
A alimentação e suplementação podem ser aliadas importantes no processo de recuperação de lesões músculoesqueléticas, especialmente quando bem orientada e individualizada. Eu agradeço a sua atenção até aqui e espero ter contribuído. As referências científicas utilizadas para a elaboração deste conteúdo encontram-se listadas logo abaixo.
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